Resposta

Apaga as luzes, fecha as janelas e deita na cama. Se cobre como quem se esconde. Tenta ficar tão quieta que não possa ouvir a própria respiração, que não possa sentir coisa alguma. Só busca um lugar no qual se aconchegue como num ventre de mãe. Mas o coração não deixa. Palpita e dispara. O mundo sacode dentro do seu peito e ela sente uma necessidade de algo que ainda não sabe. Uma sede que água não mata. Quase consegue explicar, como se tivesse uma palavra na ponta da língua. Procura livros na estante como quem busca socorro e folheia páginas buscando desesperadamente por respostas. Mas ela sabe que quanto mais dúvidas menos respostas. E de repente ela se pergunta em voz alta, na vã esperança de uma única solução: será que um dia vai saber viver como as outras? Com o coração mais leve como o de um bicho domesticado?

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