Eu não sei quando eu o perdi. Ou se em algum momento nos perdemos sem saber.
E tanto tempo longe, tanto tempo sem nos saber e agora ele chegou nos meus sonhos. Chegou do mesmo jeito como um dia entrou na minha vida. De fininho, como quem não quer nada e acabou ficando. E bagunçando tudo.
E sonhar com ele trouxe de volta aquele emaranhado de emoções para as quais ainda não encontrei explicação. Sentimentos que eu nem lembrava de um dia ter sentido. Apenas no sonho. Em outro tempo, talvez outra vida. Talvez algo muito longe do real e mais próximo da ilusão.
Mas longe do sonho eu e ele é como ser imigrante ilegal. Como não ter casa, não ter dono. Como não saber de nada; nem de mim. Como quando as minhas emoções mal digeridas viram gastrite e o estômago lateja. Como quando eu percebo que as angústias que me matam são as mesmas que me fazem viva. É como ouvir Desafinado. Ou como no outro dia, quando eu fui ao cinema sozinha assistir Ponte Aérea e saí da sala com os olhos borrados. Como aquela vez que te encontrei na rua e você parecia ser só um estranho. Ou como quando o Chico canta: “e tantas águas rolaram e quantos homens me amaram bem mais e melhor que você.”
Uaaaau! <3
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=))
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