Sinto muito. Não te amo.
Foi pouco e eu preciso de mais. Preciso de tão mais pra me fazer sentir de verdade.
Mas eu sei. Só eu posso me livrar desse martírio de viver sentindo em excesso.
Eu, que sozinha sou mulher, que enquanto só, posso ser eu.
Foi pouco e eu preciso de mais. Preciso de tão mais pra me fazer sentir de verdade.
Mas eu sei. Só eu posso me livrar desse martírio de viver sentindo em excesso.
Eu, que sozinha sou mulher, que enquanto só, posso ser eu.
Eu, que sou mulher e tenho fome. Fome de comida. Faminta de amor. Que tenho sede. Sede de água. Sede de vinho. Sede de desejo.
É que no meio de tanta turbulência terrestre, de parar esse veículo desgovernado que sou, nessa tentativa de arrancar as cascas e fazer sangrar cada ferida. Nesse fervor de buscar algo a que pudesse realmente amarrar esse meu coração desatinado me apeguei a você.
Mas não é você.
E eu ainda sou. Nesse desespero de me livrar de mim acabo sendo mais eu.
E eu ainda sou. Nesse desespero de me livrar de mim acabo sendo mais eu.
Eu, que apesar de tudo, tenho esse destino de mulher. Esse anseio de mulher. Esse gozo dȺ mulher.