Outra noite daquelas e cheguei no limite. Ou vou ao banheiro e vomito. Ou escrevo.
Mas preciso expurgar essa coisa insana de alguma maneira. Como quem rasga a pele com lâmina contaminada. Sem anestesia. Desejando penetrar no mais fundo. Porque tudo aquilo que o papel não suporta é incrustado na pele, pela exigência do desejo. Tudo isso por aquele homem. Aquele que tem aquela mistura de intelecto e violência que me desarma. Aquele para quem eu disse que já não me importo. Que já me acostumei com a ausência. Mentira. Ainda que eu evite pensar nele eu o sinto. Na minha ânsia. No meu corpo. Em cada poro da minha pele.