Que espécie de amor é esse
que sem consentimento invade e fascina?
Que desassossega o corpo, que desespera e desatina?
Que espécie de saudade é essa
que corrói até a alma?
Que perturba onde nem se podia alcançar, que sufoca até não mais suportar?
Que espécie de desejo é esse
sem vergonha, sem controle, sem juízo?
Que ouriça os poros, que lambuza o íntimo, que quer possuir e ser possuído?