Eu sei que não é nada mais que ridículo saber que tua falta me dilacera como quem carrega sob os ombros todo o pesar da humanidade.
Ainda que me afaste ao máximo e tente seguir, os caminhos e lembranças me levam de volta.
O que mais dói é não saber. Já sei que agora bebe café, mas ainda não sei se toma o café da manhã.
A beleza é só castigo quando outros me desejam. É de amor que ainda estou faminta. Cada toque que não o seu não passa de um martírio. Mas eu deixo. Me deixo levar por outras carícias e até finjo gostar. Visto a máscara. Faço uso de todos os artifícios para tentar enganar esse amor, mas meu corpo grita por todo esse vazio.
Há uma mulher que gostaria de se libertar e esquecer, mas ainda há aquela outra que só sossegaria em teus braços. Que esqueceria toda loucura, que se libertaria de todos os anseios se pudesse apenas ser tua.
Um comentário em “Desassossego”