Carta aberta

Madrugada de sábado, 02:25.
Manhã de segunda. Chuva. Trânsito. Aproveito para ouvir um podcast de business no caminho.
Rotina. Checo os emails. Respondo meia dúzia deles e subo até o 22º andar. Para respirar. Para tentar enxergar outras possibilidades. Na esperança de que o vento leve embora pelo menos um pouco de toda essa intensidade. Enquanto meus sentidos ainda te buscam: vejo meus olhos procurando o ponto do horizonte mais próximo à você.
Vou até a cozinha. Café preto: “black coffee, love’s a hand me down brew“. Como tudo pode estar tão certo e, ao mesmo tempo tão fora de lugar? Tormento. Tempestade. Furacão. Tão longe de encontrar calmaria enquanto estiver tão distante.
A vida quer dar um jeito: “entra nos eixos”. Encontra um caminho. Tudo parece organizado. Engaveto desejos ardentes a cada instante, mas você deveria saber que, por dentro, ainda sou só desordem.
Uma máscara por dia. Uma nova tentativa: de aceitar enquanto tento, pela última vez, escrever algo intenso o suficiente para te despertar. Para te pedir coragem para o sentir. Para buscar, de alguma forma, reacender aquele desejo. Para, de qualquer jeito, esgotar os resquícios desse amor falido que já não tem fôlego para respirar.

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