Recorro a taças de vinho tinto na madrugada para diluir a mim mesma. Goles compulsivos buscando satisfazer minh’alma sedenta.
Alma sedenta.
Carne faminta.
Cada gole um golpe de azia.
Uma vã tentativa de digerir sentimentos.
Náuseas.
O estômago grita.
O útero chora.
Dedo na garganta.
Regurgitava.
Restos.
Seus restos.
Impregnado em mim.
O desejo.
Ardor constante.
03:17.
Continuo a queimar.
É amor ou essa ânsia eterna de amar?