“Você tem esse jeitinho de artista, mas na verdade você é igual a qualquer outro homem.”
Foi naquele dia que eu me dei conta.
Que eu te amava sim.
Inteira. Ardia.
Sofria.
Me consumia.
Até o último poro do corpo.
Me entregava.
Até o último resquício de sentimento.
Me diz “didn’t I give you nearly everything that a woman possibly can?”
Mas você se esgueirava. Escorregava toda vez que chegávamos tão perto.
E eu por demais mulher.
Enquanto você carregava o peso de um menino abandonado.
Foi naquele dia que eu me dei conta.
No corredor do supermercado.
Que aquilo não era mais amor.
Era a cura.
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