Noite de sábado.
Ele ainda me deixa sozinha.
Você quer sexo.
Eu preciso de romance.
“Amor é bossa nova
Sexo é carnaval”.
Meu corpo é do jazz.
Alma do Blues.
“I walk and cry while my heartbeat (…)
you’re gonna find me at the Home of the Blues”
Ela é como um céu de primavera intensa: azul ensolarado. Sujeito a alguns dias nublados e tempestades esparsas.
Noite de sábado.
Ele ainda me deixa sozinha.
Você quer sexo.
Eu preciso de romance.
“Amor é bossa nova
Sexo é carnaval”.
Meu corpo é do jazz.
Alma do Blues.
“I walk and cry while my heartbeat (…)
you’re gonna find me at the Home of the Blues”
Final de feriado. Mudanças.
Tanta vida por viver. Tanta vida para viver.
Sozinha.
Vazio.
Ofegante.
Breath.
Prendo os fios de cabelos em uma vã tentativa de respirar.
Meu corpo sente toda essa falta em cada milímetro.
Calafrios.
Aperto no peito.
Pontadas no fundo do útero.
Tão longe. Tanta vontade de estar perto.
Outros.
Homens.
Possibilidades.
Novos desejos. Outras noites.
Tudo aquilo que ainda está por vir.
Urgência.
Presente.
Expectativa.
Futuro.
É o desejo quem manda.
Jogo da verdade.
Das descobertas de adolescente aos anseios de mulher.
Nos esquecemos das consequências.
Fervor.
Calor.
Descobertas.
Corpos.
Começo.
É doce. É violento.
É pura libido.
Desinibido.
Sério e ardente.
Instinto que grita.
Alma que implora.
Ultrapassa os limites.
Me doo tão completamente.
“But why should I try to resist?”
Virtual? Ou real?
Arrebatamento.
Cólicas.
O útero dói.
Adoece.
Sangra.
Inflama.
Grita.
Desaba.
E então chora.
Quer viver de novo em mim.
Quer tomar seu espaço.
Quer me levar de volta.
Por essa jornada.
De onde fugi.
Onde deveria estar.
Voltar pra casa.
Mergulhar.
Em mim.
Me afogar.
Toda essência.
MULHER.