Mais uma vez. Juntos. E mais uma vez eu não quero nem te peço promessas. Porque eu nunca acreditei mesmo nas juras que eles se cansam de fazer e nunca cumprir. Mas eu ainda preciso de entrega. De verdades, intensidades e sentimentos completos. Tenho horror de qualquer coisa pela metade. E talvez você não perceba, mas eu sou toda urgência, “o meu coração selvagem tem essa pressa de viver”. E eu ainda não sei porque, mas só pra você eu me dou assim, tão inteira. Dou meu corpo, meu desejo. Minha alma. Meu amor. Pra você fazer o que quiser. Mesmo sabendo que vai doer outra vez. Eu não me engano. Sei que esse amor é contramão, que nosso desejo é leviano. Mas é que enquanto você é calmo, e sabe o tempo das coisas, sabe “que o amor não tem pressa, ele pode esperar”, eu ainda sou cheia de sonhos, desejos e rompantes. E tem certas coisas sobre mim que nem eu mesma sei lidar. Por trás do meu sorriso residem inseguranças e dúvidas. Mas ainda é com você que o máximo da mulher em mim transborda. De alguma forma, é só com você que me sinto mais minha.
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(In) decência
Ainda me pergunto como pôde me deixar assim. Será que não vê que, depois da sua partida, cada noite é uma tortura? Qualquer outro homem teria o mínimo de decência. Qualquer outro não me deixaria. Ou, pelo menos, me deixaria com mais cuidado. Me daria banho, enxugaria minhas lágrimas, me colocaria para dormir e me cobriria ternamente antes de sair pela porta. Mas depois que você chegou eu nunca mais me importei com outros homens. E tudo que você fez foi ir embora. Como quem sai na calada da noite pela porta dos fundos porque falta coragem para encarar. Para abrir a porta da frente. Para escancarar as verdades. Felizes aqueles que preferem desviar o olhar. Felizes aqueles que não se entregam. Felizes aqueles que sentem pouco. Eu não. Em mim tudo é excesso.