No tapete atrás da porta

Ainda me recordo daquelas noites nas quais eu costumava me jogar no chão do quarto ouvindo “Atrás da porta” na versão de Elis: “até provar quinda sou tua”. Dizer que era dele era mais fácil do que assumir que nunca fui mais do que o vira-lata sem dono e tinha que dar conta sozinha. Como na história da “Dama e o Vagabundo”, só que nunca fui a dama. Quiçá apenas uma forma de me iludir, achando que eu tinha lugar no mundo só pra me afastar de mim e escapar dos becos sem saída da minha vida emocional e aceitar que talvez eu realmente prefira a crueza da solidão sem disfarces do que o vazio das relações em tempos líquidos. Porque a verdade é que busco esses pseudo romances pra me livrar do excesso de sentir e depois vejo que aquilo que eu tento chamar de amor é só um capricho, uma teimosia em tentar amar sem máscaras.

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Em carne viva

Coração em carne viva. Não suporto mais essa força que me toma tal qual dinamite que não explode. Respiração ofegante e nervos à flor da pele. Me perdoem as heroínas, mas necessito da totalidade do “sexo frágil”. Quero só ser mulher.
Cansei de tantas máscaras. Prefiro dilacerar novamente o coração a amar com medida. Prefiro ser despedaçada a me deparar com o meio termo. Só aceito os extremos. Não tenho mais medo. Aceito cada ferida aberta, mas ainda imploro por menos beleza e mais alma. Menos ilusão e mais verdades rasgadas. Menos mostrar e mais sentir. Quero ímpeto. Instinto. Enquanto eu anseio por mais eles ainda estão pisando no freio. Não posso mais conviver com o desinteresse e automatismo. Com a frieza e as superfícies. Quero ir fundo. Tão fundo. Afogar. Viver. Transbordar.
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Fazer amor…

Anais Nin. Mais uma noite: “E eu sempre venho em busca de forças e encontro fraqueza”. Anestesio até a mente por alguns segundos após ler estas palavras. Deslizo as mãos sobre os cabelos e puxo os fios com força. Como quem arranca até a raiz dos sentimentos . Me custa a entender que tanto potencial pra amar só resulte em solidão. Porque toda vez que arrisco a me entregar demais e acreditar só o que me sobra são restos. É que, justo eu, que teimo em respirar amor, ainda tenho receio de amar. Amar demais. Entregar demais. É que insisto em buscar o que é por demais profundo. Meu corpo necessita muito mais do que uma noite de sexo gostoso. Falo de sexo fácil, mas ir pra cama sem cumplicidade é como jogar meu corpo no lixo. Como queimar lentamente a cada milímetro. Como mergulhar fundo buscando o paraíso, mas sofrer hemorragia por arrebentar a cabeça nas pedras.  Meu “fazer amor” ainda é intenso demais para tanta superfície.

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Fugaz

Não sei em qual momento me peguei sob o clichê do amor. Mas minha vontade era te ligar. Te pedir pra deixar tudo de lado e voltar correndo. Como num choro, uma birra ou um desespero infantil. É que, apesar do tempo, da distância e até de outros homens, ainda é você que eu anseio com esse amor desvairado. Ainda é você incrustado no meu corpo como impressão digital, mesmo que já tenham passado quase quatro meses desde aquele dia 28. É por você que alguma coisa – que nem eu sei o que – dentro de mim insiste em machucar. Incômodo que não passa. Como cortar o dedo em folha de papel. Como picada de pernilongo. Não queria que nosso encontro tivesse sido tão fugaz, mas espero que entenda que ainda sou por demais minha pra aceitar que um romancezinho qualquer tome conta da minha vida.
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